A criança interior é uma parte do nosso inconsciente, onde estão registrados comportamentos, percepções, emoções que experimentamos na nossa infância.
Quando somos criança temos a ilusão da perfeição, esperamos receber de nossos pais o amor perfeito, um mundo mágico, cheio de sonhos e projeções ilusórias.
Com o passar do tempo, percebemos que nem tudo é perfeito como na nossa imaginação, neste momento começam as frustações.
Percebemos que o mundo é um lugar hostil e muitas vezes não sabemos como lidar com as situações e as emoções que surgem.
O fato é que, todas as experiências que temos quando criança ficam armazenadas no nosso inconsciente, e este inconsciente acaba dominando a nossa vida sem ao menos percebermos.
Ficamos presos em atitudes infantis, de dependência, sem força para agir na vida, não conseguimos ir adiante, paralisados nos traumas e frustações.
Sem olhar para a dor da nossa criança, e acolhê-la com amor, ela continuará ferida em algum lugar da nossa consciência.
É necessário mudar o nosso olhar para o que passou, ressignificar, para sermos um adulto mais completo, mais INTEIRO e seguirmos na vida plenamente.
Afinal, nossa criança interior nos ajuda a experimentar o lado leve, prazeroso, autêntico, criativo e divertido da vida.
"A criança interior é uma instância sagrada dentro de nós, é a nossa criança divina. Ela é um campo de possibilidades, está ligada às experiências de renascimento, da descoberta, de entusiasmo, beleza e cura". Carl Jung
Exercícios para conectar com sua criança interior.
Experimente ir em frente ao espelho ou se preferir pegue uma foto sua de quando era criança. Olhe-se nos olhos e diga em voz alta: SIM! Agora eu vejo você e reconheço suas dores. Agora acolho você em meu coração.
Reconheça os sentimentos da sua criança: medo de rejeição, de abandono, raiva, querer ser aceita e amada por todos, fazer birra quando não consegue o que quer, egoísmo, medo de ser criticada, de assumir responsabilidades, falta de autoconfiança, não importa qual sentimento/emoção vem a tona, perceba e observe atentamente o que você sente.
Repita quantas vezes achar necessário e vai percebendo o seu corpo, a sua respiração, veja se tem vontade de aproximar desta criança, ou se ela está muito distante, acolha esta criança em seu coração. Diga SIM para a sua história e perdoe a si mesmo.
Outra forma, é contar a sua história a si mesmo.
Como assim?
Conte a sua história com entusiasmo, pois foi a partir da sua história que você se tornou o que você é hoje. Busque detalhes, se preferir escreva ou grave um áudio.
Quando somos capazes de olhar para trás, compreender, aceitar tudo como foi, inicia a grande transformação e nos liberta das nossas expectativas infantis, nos auto responsabilizamos e assumimos a nossa vida.
Diga SIM para tudo que foi e para tudo que é. Assuma a responsabilidade total pela sua vida.